segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Meu amigo de quatro patas

por Viviane Ilha


É um queridão que adora um osso, que carrega pela casa bem faceiro e já tem um depósito deles. Tem tapetes favoritos. Esse é o cão de rua que foi adotado pela vizinhança e depois ganhou o cantinho dele na família. Meu amigo, o Pitoco. Ele já sabe bater na porta quando quer passar algumas horas na minha companhia, mesmo que tenha que dividir com o trabalho no computador. Tem defeitos como não ter, ele se acha o rei do pedaço e é. Sabendo disso abusa na amizade.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Noel tem e-mail...?

por Viviane Ilha

Não lembro da primeira carta que escrevi para o Papai Noel. Toda criança tem sempre um pedido especial. Mas e agora qual o endereço para encaminhar os pedidos, acredito que as crianças saibam o endereço certo. Quando a gente cresce perde o endereço ou o interesse? Será que o Noel tem e-mail e como será que está a caixa do correio eletrônico? Na minha carta e-mail tem um pedido especial também, que o consumo seja menor que o ato de confraternizar. 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Lembranças natalinas

por Viviane Ilha


Tivemos épocas que o Natal aqui em casa era dividido com os frequentadores do bar do pai. Quando pequena lembro da missa do galo com a igreja lotada. Uma árvore era decorada para as crianças e os presentes eles vinham em épocas diferentes. Um bom presente em qualquer época do ano virava o de Natal mesmo que fosse em julho! Essa história de ceia conheci na adolescência. Com tudo isso, aprendemos que o importante é estar com as pessoas e não apenas no que o Natal poderia oferecer. 

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Mapeamento

Por Viviane Ilha

Caminho opcional para desviar: contorno. Ponto entre dois territórios: divisa.
Sistema para localizar um ponto no espaço: coordenada. Lugar em que se situa alguém: casa.
– Mapeado! Já sei como encontrar o lugar certo nesse universo conspirador. Ana Karina pesquisou como encontrar um rumo para o sucesso. E seguiu suas explicações...
- Para ter êxito é preciso contornar os “negativistas”, dividir o território de atuação (amor, família, trabalho) na ordem que acredita ser melhor. O mapa é seu entendeu? Coordene seus planos e volte para casa com suas conquistas.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Sou você agora

por Artur Osório

sou você ... se nos olhos me olhar ... mas não ... não me olhe ... não me olhe nos olhos ... agora ... sinto seus medos ... desejos ... lhe tiro as roupas ... falo sua língua ... invado sua boca ... mas não ... nos olhos ... agora ... sou você .... lhe corto os pulsos ... enlouqueço seu ego ... desenho seus sonhos ... reinvento sua vida ... se nos olhos me olhar ... sou você ... mas não ... não me olhe... agora ...

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Dia de Natal


Quando eu era criança, esperar o dia de Natal era se encher de alegrias, esperanças e expectativas. Se preparar para este grande dia me movia, não só a mim, mas toda minha família e amigos. Renovavam-se as coisas, o raciocínio e o tempo. Quando chegava o dia, nos reuníamos em família e celebrávamos o nascimento do menino Jesus junto ao presépio, com presentes. Depois tinha comida diferente e nos fartávamos também de histórias. Esta semente brotada dos costumes de família não morreu: ainda eu penso disso como criança!

O Presente

Por Lislair Leão Marques

Em nossa sociedade de abundância: o mais, o consumo, o exagero é o que prevalece e se morre ou se sofre mais por intemperança do que por fome. Os presentes que oferecemos nesta época de festas de fim de ano, por exemplo, podem refletir o tipo de vida que levamos. Ofertar um presente a quem não pode agradecer ou dar um outro em troca, assim como a doação ou um trabalho voluntário, é o mais próximo de um verdadeiro presente. De que poderia carecer àquele que proporciona prazeres?

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Colorindo

Por Viviane Ilha


De uns tempos para cá os meses começaram a ter cores. Outubro Rosa. Novembro Azul. Dezembro deve ser vermelho por causa do natal e pelas compras no cartão de crédito. Assim pensou Bia. “É cor de rosa choque, não provoque... tudo azul, sem pecado e sem juízo...meu coração é vermelho...” O repertório colorido e das antigas era cantarolado pela Bia, mãe do Bruninho que já estava pensando numa revanche, por que já estava cantando enquanto jogava no Playstation.  – Mãe assim não dá! Estou colorindo a semana filho, relaxa!

Comida I

por Lislair Leão Marques

Dizem que os humanos podem comer quase tudo que qualquer animal come e muitas outras coisas que nenhum deles tocaria. O instinto de sobrevivência se expressa em nossa capacidade de nos adaptarmos. Outra vez, quando eu estava no Amazonas escutava a conversa de um nativo, um homem simples, dizendo: “as pessoas do oriente é que são sábios, pois lá eles comem grilos e outros bichos que se acha em todo o lugar... quero só ver quando não tiver mais carne de boi, porco, peixe ou galinha”.

Sorte no jogo...

Por Viviane Ilha


Os astros transitam para todos os lados e vez por outra favorecem o seu “mapa astral”. Quem vai acreditar no que está planejado pelos astros já que existe transitoriedade nesse ramo. Porém, não custa ler o que tem na previsão. Foi o que fiz numa tarde. Eis que leio a seguinte transição: Suas chances são boas no jogo. Seu espírito competitivo estará mais atiçado. Você deseja vencer, então essa é a hora. Pensei prontamente: vou jogar na loteria ou comprar uma Tele Sena. Enquanto isso, azar no amor

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Vida Doce

Por Viviane Ilha
Quem foi que disse que a vida não pode ser doce. Pode tudo desde que tenha cuidado para não adocicar demais. Temperar a vida é bom e cuidar da saúde é mais que devorar bombons e balas de mel, é saber que as taxas de glicose existem para serem observadas. Novembro tem o dia da nacional de prevenção do diabetes. Ah! esse tal de açúcar, vem com a tal sacarose, maior vilã.  As dicas: Previna-se. Ame-se. A sua energia vital depende da dedicação e vontade de superar desafios.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Doçura

Por Lislair Leão Marques 

Felizes os doces. Ser feliz é ser livre e sem um mínimo de doçura quem pode viver? Uma atitude feliz é ser tranquila enquanto a doçura nada deve ao medo. Apesar de não se ter poder sobre certos eventos pode-se escolher em ter força sem dureza. Seja lá, de buscar a coragem de encontrar novas práticas e oportunidades de modo de vida mais saudável. Um Diabético sabe o que é isso: opta pela perspectiva de novas experiências para uma vida mais feliz. Logo, todo o Diabético é doce.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Da varanda da escola...

Por Viviane Ilha

Curtindo o movimento na varanda da escola com o ar quente e frio ao mesmo tempo, e observando os alunos após o almoço ele chegou todo carinhoso. – Um flor professora, peguei para a senhora. Com o sorriso meigo nem parece aquele guri que não parava nunca de agitar na hora de ver umas animações sobre motivação. Bochechas vermelhas de correr pra lá e pra cá, tive que encher de beijos aquele rapazinho. É assim quando estão livres correndo, são motivados. Como é bom essas flores desabrochando por aí.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Vai voltar?

Por Viviane Ilha

Ela vai voltar todos os dias... A vida, ela volta todos os dias para mostrar que é preciso vivê-la a todo instante. Mas quando existem pessoas que estão acostumadas com algum tipo de abandono a pergunta é pertinente. Sim, voltamos todos os dias a viver mais, mas principalmente, conhecendo quem faz parte da nossa vida. Para ter sentido é necessário olhar mais à volta e não perder o foco ao mesmo tempo. Porém quando duas ou mais vidas se cruzam, saber se uma delas vai voltar é importante.  

domingo, 27 de outubro de 2013

Aventurar-se

Por Viviane Ilha

Depois que ficaram amigas descobriram que tinham muita coisa em comum. Ana Karina e Bia adoravam o cotidiano, mas estavam entediadas queriam uma aventura. Podia ser uma trilha no meio do mato, mesmo a Bia sendo alérgica ao mato. “Repelente não resolve muito” – constatou Bia. Já era uma aventura se encher das picadas dos mosquitos. “Tem que ser algo legal” – afirmou Ana. As duas ficaram um final de semana cogitando as aventuras. Ir ao show de pagode, de funk, elas detestavam. “Descer até o chão, não dá!” – concluíram. 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Classificados do Concurso Literário - Caçapava do Sul em 88 palavras

As “88 palavras” dos autores participantes do Concurso Literário “Expresse seu amor por Caçapava do Sul” foram analisados pelos jurados conforme o regulamento. O primeiro classificado de cada categoria será revelado na Sessão Solene em Homenagem aos 182 anos de emancipação do município, na Câmara Municipal de Caçapava do Sul, dia 21, às 19h, com a premiação e entrega dos certificados.Ainda, será feita uma votação popular por este blog, até o dia 20, valendo para este certame, para os primeiros  colocados em cada categoria, uma camiseta, gentileza de Minas Outdoor Sports.

Categoria Poesia:





Categoria Crônica:



Um olhar sobre Caçapava

Por Maria Luciana Bitencourt Madrid 
Poesia classificada no Concurso Cultural “Expresse seu amor por Caçapava do Sul – 182 anos”


Caçapava linda terra,

Lendária e gloriosa

Querência amada, valiosa

Cidade valente e valorosa.


Você cresceu, progrediu

O povo contigo evoluiu

Caçapava não se entrega

O grito guerreiro permaneceu

Num eco de brava gente

Que jamais esmoreceu.


Minha querida cidade

Aqui nasci, aqui quero morrer

Chão eterno, abençoado

Que exalto enquanto viver

Seu importante legado

Para sempre irá permanecer.


Lindas belezas naturais

Criadas pela mão divina

Que prestigiamos

Na cidade que adoramos.


Caçapava maravilhosa

Deixo em prosa e verso

Para um maior sucesso

Precisamos mais cooperação

De toda população.

Caçapava e o tempo

Por Jacques Duarte Cassel
Poesia classificada, em primeiro lugar, no Concurso Cultural “Expresse seu amor por Caçapava do Sul – 182 anos”. 

No princípio

Vulcões, magma

Vento, rochas

Vida

Mata virgem

Megatério

Charruas

Clareira na mata

Luta de fronteiras

Acampamento militar

Paragem de Caçapava

Aventureiros, bandeirantes

Tropeiros, sesmeiros

Povoamento

Água de bica

Fonte do mato

Fonte do conselheiro

História viva

Capital Farroupilha

Casa dos Ministérios

Forte Dom Pedro Segundo

Igreja Matriz

Ossos do megatério

Presença Centenária

Figueira do Conselheiro

Magnólia da Rua Quinze

O testemunho das pedras

A do Segredo

Guaritas

Paralelepípedos

História incrustada

Na terra

Nos campos

Nas ruas

Na memória ancestral

Grande afeto

Respeito

Dever

Transmutam-se

                   Em

                      Preservação

A lua da capital do carinho

Por Juliano Teixeira Porto
Poesia classificada no Concurso Cultural “Expresse seu amor por Caçapava do Sul – 182 anos"

A lua cheia para iluminar,

Quem quiser amar com carinho

Uma vez por mês a lua vai brilhar

Na capital do carinho.


Que Deus faça compreender

Porque amanhece antes de anoitecer,

O sol se esconde quando a lua quer brilhar

E o sol brilha quando ela vai descansar


Namorar você de novo

Sentindo o brilho do teu olhar

Como é bom fazer carinho

Iluminando a capital do carinho

Com a lua a encantar
 
É bom te ver lua no céu

Clareando a noite fria

Até raiar o dia

Caçapava, Mãe Acolhedora.

Por Edison Aran Nunes Krusser
Crônica classificada, em primeiro lugar, no Concurso Cultural “Expresse seu amor por Caçapava do Sul – 182 anos”.

Caçapava da neblina que toca o topo do morro, se misturando às almas dos pioneiros revisitando o Forte inacabado. Das fontes que brotam lágrimas renovadas, alimentando cascatas brilhantes, deste abençoado georrico. D’uma clareira que espera iluminada a visita do prometido. Amada que ama com um amor que nos atravessa. Esperança n’Assunção guiando o braço deste povo brioso. Segredos levados pelo vento, para o vão da pedra. Da lembrança de heróis numa temporalidade que nos toca... E se vai. Saúdo! Símbolo da força e fibra, próprias dos Do Sul.

Carinho imprescindível

Por Jacques Duarte Cassel
Crônica classificada no Concurso Cultural “Expresse seu amor por Caçapava do Sul – 182 anos”. 

Desde o princípio o vento foi soprando o tempo. O tempo percorria as serras, as pedras inominadas. O vento soprava a pele da terra, as matas. A “clareira na mata” era refúgio seguro para charruas, militares, tropeiros, sesmeiros. E, assim, surgia uma povoação. Com ela, as edificações históricas. Desde o princípio, memória; uma célula é memória de outra, a cultura e seus produtos, a memória do homem. Uma manifestação imensa de carinho de um povo é preservar seu patrimônio cultural e histórico. Desde o princípio, vento e memória.

Caçapava, uma Pintura

Por Oldemar Santos
Crônica classificada, em primeiro lugar, no Concurso Cultural “Expresse seu amor por Caçapava do Sul – 182 anos”

Se você conhece Caçapava, certamente já viu a lua cheia iluminando as águas do Camaquã, onde a silhueta das árvores pinta um quadro de sombras nunca visto em nenhuma tela. Já deve ter visto o por do sol no Forte Dom Pedro II, tentando entender como aquela muralha foi construída. Deve ter bebido a água da fonte do mato como se fosse mineral. Certamente já perambulou pela quinze sem ter o que fazer, mas por puro prazer. Se você fez tudo isto, certamente é mais um caçapavano nato.

sábado, 12 de outubro de 2013

Caçapava do Sul

por Lislair Leão Marques

E se eu não encontrar palavras para expressar o amor que sinto pela minha cidade? – Caçapava do Sul: não seria como se eu não te amasse, minha terra natal, pois só sei da saudade que senti, nos vários lugares onde andei. Saudades dos recantos, das flores, do sabor das coisas deste pago. Do frio e do calor. Saudades das pessoas. Ah! Das pessoas queridas, do jeito que elas são. Ah! Se eu não as amasse tanto assim... As frases se tornam em vão, e eu digo o quê?

Quando fiz seis anos

por Lislair Leão Marques 

Tive uma infância feliz, no universo rural, cercada de natureza, rodeada de gente e bichos. Quando fiz seis anos eu ganhei, de meu pai, uma vaquinha. Chamei-a de Farroupilha. Ela era vermelha com manchas brancas na cabeça e logo teve um terneiro e o apelidei de Bacana. E nada bacana foi à produção de Farroupilha, todos foram bezerros machos. Estes cresciam e logo virava comida. A expectativa de que a minha criação ser positivamente progressiva não se estabeleceu e não me restou outra opção senão esquecer este empreendimento.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Quero ser grande

Por Viviane Ilha

Não é em tamanho não. Quero ser grande como o meu sonho de todos serem gigantes em suas realizações. Desde aqueles sonhos menores ao grande sonho. Como uma criança grande com aquele espírito de descobridor das coisas. Quando criança quer ser grande para fazer coisas tão grandes quanto os desejos ao apagar as velinhas do bolo de aniversário. Ser grande nas pequenas coisas como andar de braços dados com alguém especial. Contar os detalhes, ouvir as referências, isso tudo é que faz a diferença na hora de crescer.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Mudando de estação em um abra e fecha parênteses

Por Viviane Ilha

(A estação que começou em setembro tem como ponto de partida um tempo de festas!) Quando temos mais luminosidade, os dias mais longos antecedendo o verão, daí surge a primavera (manhãs frias, tardes quentes). É a festa das flores. Dos passarinhos que cantam na janela (Aqui ainda conseguimos ver os passarinhos na janela para anunciar o novo tempo).  Aproveitando esta fase de renovação total das energias solares estamos mais dispostos a se divertir, namorar, curtir a vida a todo o vapor com um leve abre e fecha parênteses. 

domingo, 6 de outubro de 2013

O Encontro

Por Viviane Ilha

Um tempo atrás Ana Karina estava namorando o Bruninho. Eram amigos, mas o rapaz tinha compulsão por videogame daí eles não tinham muito assunto. Num domingo ela foi almoçar na casa da sogra, a Bia. Enquanto Bruninho jogava com os primos, a Ana e a Bia ficaram superamigas. Trocaram dicas, tendências de moda e da vida doméstica. Foi um encontro divertido com Bia, então combinaram de começar a academia juntas. No fim do passeio ela terminou o namoro. “Preferi a nova melhor amiga do que uma ex-sogra” confidenciou.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Zero grau... As diferenças entre quem vê bem e os de pouca visão

Por Viviane Ilha

Óculos de zero grau que é um grau. A modinha de parecer que usa óculos para correção das vistas é para os fashionistas de plantão. Se você é um desconectado da moda não estranhe quando encontrar alguém com óculos anos 70 transparentes. É a moda. Eu como boa míope perguntei: - Está usando óculos, qual o problema? Gosto de compartilhar minhas “ceguices” com os outros. Ouvi a resposta zero grau: “É sem grau, é estilo mesmo”. Então estou na moda? Não. Óculos de grau é para os “ceguetas”. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Minha terra tem

por Viviane Ilha

Na minha terra tem chão batido, pedra solta, pedra enraizada, prédios e casas antigas. Na minha terra tem árvores centenárias, calcário, templos à céu aberto, igrejas, esportes e cultura. Tem escolas e universidades. Mas acima de tudo tem as pessoas. Conhecê-las às vezes é uma atividade além da simples conversa nas ruas, nos bairros e pelo interior é um exercício de cidadania, respeito. Por que na minha terra, as pessoas estão aqui ou transitoriamente ou para sempre. É preciso conhecer essa diversidade toda na terra Caçapava do Sul.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Intermediações

Por Viviane Ilha

“Saudade deve ser mediada”. Ana Karina andava um pouco carente daí ela filosofou um pouco também: “É o Prazer de falar com amigos distantes pelos quilômetros, horas que a vida nos separa”. Uma filósofa nas horas vagas.... Apesar da saudade que pode ser dirimida com um simples: - Oi como você está? “Esse prazer que a internet proporciona de saber como andam as coisas, o que os amigos estão fazendo é esclarecedor”. - Porquê questionei? “Nesses momentos ficamos mais próximos, mesmo que sejam máquinas que intermediam esse contato.”  

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Reverencia ao Idoso

por Lislair Leão Marques 

Quanto mais informações se têm do mundo, vemos o que não sabemos. A germinação de uma semente é mais maravilhosa do que qualquer das mais avançadas tecnologias, mesmo daquelas que fazem milhares de operações de cálculo por um segundo como um computador? Quem é mais sabido, senão um idoso? Não é a experiência adquirida através do tempo que permite extrair a paciência e a disposição necessária para colher da vida o lhe convém? Paciência, serenidade... eis as companhias que iluminam a sabedoria. Coisas fiéis a um bom velhinho.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Homenagem

Por Viviane Ilha

Quando recebi o convite para fazer a homenagem a Luiz Coronel na 10ª edição do Sarau Poético Musical, um sentimento de que eu fui homenageada contou conta de mim. Inicialmente por que sou apaixonada por poesia e sobre tudo pela poesia de Luiz Coronel. No momento em que a ligação encerrou lembrei-me de que fazia coleção das poesias publicadas no jornal Correio do Povo. Como sintetizar esse encantamento? Posso traduzir pelas palavras do poeta: “Que o desalento não nos furte o humor. Rir é sentir cócegas na alma.”

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Jogo das palavras

por Viviane Ilha

Jogaram tantas indiretas no ar que a reta ficou torta. Não entendo por que atualmente é tão difícil as conversas serem as claras. Esse estilo se tornou um viral. Uma pessoa solta uma “indireta” sei lá para quem e meio mundo se remói por dentro e às vezes é alguém dizendo algo pra si mesmo. A linha torta da comunicação às escuras deixa tudo nebuloso. Sou do tempo do olho no olho, seja pelo dito ou não dito é sempre melhor dizer o que pensa a quem interessa. 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Manias - Parte II

Por Viviane Ilha


Tem pessoas com mania de felicidade, no entanto é comum as pessoas acreditarem que é excentricidade. Como se a felicidade fosse algo estranho e aceitável em certos momentos da vida. A alegria de viver é por si só um grande motivo. Outros têm a mania de sentir medo e perdem a confiança. Na mitologia grega, Dâmocles teve a oportunidade de ser rei por um dia, mas teve medo e não pode ser feliz. A felicidade é como um alimento vital que nem todos Dâmocles sabem saborear e aproveitar.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Manias

Por Viviane Ilha

Legal é reparar nas manias dos outros e se forem da família é mais fácil à observação. As nossas é melhor deixar na caixa preta. O cômico é poder rir e se solidarizar, porque existe manias desconfortantes como a de olhar nos olhos das pessoas, eu tenho essa mania. Coisa de míope. E a mania de falar sozinha, de organizar a louça antes de lavar e de fazer higienização no fogo (mata os germes!). Toda mania vem acompanhada de um ritual e nesses casos só a família entende.  

sábado, 21 de setembro de 2013

Aroma da saudade

Por Viviane Ilha

Há certos momentos em que sentimos um cheiro que traz uma porção de lembranças. São aromas afetivos que chegam assim sem avisar. Num estalo você lembra de um fato, de uma pessoa. É como se fosse um suvenir que a vida nos entrega como, por exemplo, lembrar de alguém muito especial que já partiu. As dimensões agora são diferentes, mas é como se aquela pessoa estivesse ao seu lado e naquele instante estivesse rindo com você. É o que chamo de aroma da saudade e das boas recordações.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Perfumes

por Lislair Leão Marques

Outro dia eu li de um autor desconhecido “os perfumes da eternidade se fazem sentir aos que têm um coração sonhador”. Não gosto de cheiros que sobrepõem ou mascaram outros não tão agradáveis. No entanto, os aromas naturais... sejam eles de relvas nativas, matos desidratados ou flores, me embriagam. Flores de laranjeira, então eu falo: tomam-me não só de espirros, mas me envolvem de recordações e inspirações e bem mais, me atenta para o tempo... Neste momento vivo, tocada pela magia dos perfumes desta rica estação da Primavera!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Ensinamentos


por Viviane Ilha 

Já dizia um homem simples e dedicado a transformar conhecimento em vários saberes que a cultura não pode se perder no tempo e ser esquecido no imaginário. Todo o conhecimento deve ser compartilhado. Assim é ensinar. É preciso desprendimento para entender o outro e saber o tempo dele para aprender algo novo ou acrescentar mais informação ao conhecimento. Esse desprendimento, de quem ensina e compartilha seus conhecimentos na área da cultura, é importante para a formação de nossa sociedade. A cultura difundida nos engrandece como homens e mulheres. 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Pés na cabeça

por Viviane Ilha

Não é a história de um contorcionista, mas de um jovem com o pensamento em todos os passos que vai dar na vida. Cada passo, ele fica analisando e repassando o caminho. Com essa estratégia ele cria seus próprios modelos mentais das jornadas. Diz que os pés estão sempre na cabeça guiando o próximo trajeto a ser seguido. Como será a reação diante das surpresas que a vida apresenta, o jovem não se preocupa. Com o traçado em mente o que importa é sair e fazer o percurso. 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Tristes razões

por Lislair Leão Marques 

São muitas as nossas passagens mais importantes da vida. Uma das mais alegres e de grande expectativa é quando vamos à primeira vez a escola. O caderno, o lápis e o primeiro professor: início de uma relação que perdura a vida inteira. Bem antes de ser importante, é fundamental. O conhecimento é poder, base para uma vida melhor e saudável. É um grande momento e felizes aqueles que podem usufruir. Existem crianças em diversos lugares do mundo, ainda, que não tem acesso por motivos vários e tristes razões.

domingo, 15 de setembro de 2013

Troca-letra

por Viviane Ilha 

Quem nunca trocou uma palavra ou uma sequência de uma música? É engraçado demais... Sou campeã nesse quesito. Das recordações do tempo das viagens para Bagé em seus 300 quilômetros todo santo dia, lembrei-me que tínhamos que ser muito criativos para passar o tempo especialmente no retorno a Caçapava do Sul. A brincadeira de cantar uma música com dicas dos viajantes universitários eram hilárias por que eu sempre errava. Trocar a letra era o momento de descontração e fizeram parte do diário de bordo de viagem do grupo.  

sábado, 14 de setembro de 2013

Primeira Prenda

por Viviane Ilha

Setembro acontece algo singular e não dá para negar o bairrismo dos gaúchos. O gauchismo aflora de todas as partes e a Ana Karina é daquelas que bota a flor no cabelo, entra no CTG no começo dos festejos e sai apenas no 20 de setembro. Ela passou contando os dias e as horas do primeiro baile. Fez uma porção de vestidos novos, todo ano é assim. Quando bate o saudosismo relembra do tempo que desejava ser primeira prenda. “Quem sabe quando chegar a terceira idade” profetiza sorrindo.      

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Ligações cortadas

por Viviane Ilha

Ana Karina é uma pessoa extrovertida que adora fazer amigos com que se identifica na hora. Se tiver no meio das crianças vira uma delas. Com jovens é pura mocidade e se tiver em meio a terceira idade fica faceira, desde que não se queixem do reumatismo.
Um dia ficou amiga de um homem que gostava de falar no celular a qualquer hora. A amizade está estremecida.
Ela reclama:
- “Ele liga de madrugada para conversar”. “Um chato”. E sai esbravejando.

 Essas ligações estão cortadas agora. 

Receita de bolo

 por Lislair Leão Marques

A arte de fazer um bolo gastava, ao menos, tempo e ingredientes substanciosos. Agora, ambos se tornaram escassos. Outro dia, li uma receita de bolo sem farinha. Em outros a gordura passou a ser insaturada ou sem gordura. Têm também receita de bolo sem ovo. Bolo de caneca num minuto. A química da liga requer praticidade e muito mais sabor. Seja a fome, qual for, o que não muda são os vorazes apetites da humanidade e a “temperança não é o seu flagelo: é seu tempero” dizia Montaigne.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Guarda-roupa

por Viviane Ilha


Nossos processos racionais e a intuição deviam ser amigos de infância, porque é preciso fazer escolhas e nos protege de fazer besteiras. É como escolher a roupa para uma ocasião especial. Você usa o raciocínio lógico da roupa para determinado evento ou agarra aquela peça que parece incrível, mas é inadequada? A roupa escolhida pode ser inabalável, mas daí na festa ela não veste de acordo com os padrões. Na vida é assim, às vezes é preciso estar com a roupa certa e em outras com a inadequada. 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O Poder da Primavera

por Lislair Leão Marques

Depois do rigoroso inverno quando tudo se retrai temos agora estes dias que antecedem a primavera. A vida parece ter pressa em desabrochar da sua hibernação. Folhas, de todas as formas, se soltam rapidamente transformando, de cinzas dourados, em tons de verde a paisagem. Neste tempo pleno de regeneração, o desabrochar das cores das flores com o cantarolar dos pássaros torna uma perfeita combinação: polinização e proliferação. Um passarinho aqui e outro ali preparando seus ninhos... Sem dúvida, a primavera é um extremo poder!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Bailes

por Viviane Ilha

No CTG Clareira da Mata acontece o baile da melhor idade. Sempre a tarde. Gosto de ir lá e ver a diversão, entusiasmo. É muita animação com toda a relação entre tempo e felicidade. Não sei se essa é a melhor idade, mas já que estão nela a impressão é que se divertem, deixam de lado as inconveniências da idade e dançam. Cada sorriso estampado é uma fonte de energia para mim. A fonte de vida e beleza, pois se vestem para a grande festa da vida. Contagia.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A Lua e Vênus

por Lislair Leão Marques

Sem que nos fôssemos avisados, éramos convidados a presenciar a festa da natureza quando no dia oito de setembro de 2012, durante a passagem do dia para a noite, a Lua encobriu Vênus. Nós, como participantes desta iluminada celebração fomos envolvidos com o ato dos astros celestiais. Propusemo-nos, então, a manter atentos à plenitude do momento ou focarmos em clicar imagens. Quem pôde olhar e ver esta bela e espetacular passagem pôde também reparar que o céu e o tempo nos possibilitam rara poesia.

domingo, 8 de setembro de 2013

Frescor

por Viviane Ilha  


Essa palavra a Ana Karina incorporou no vocabulário desde o momento em que o calor voltou e ela abandonou o super aquecedor elétrico que carregava pela casa nesse inverno colossal. Ela contou que entrou na fase dos sucos (chega de chá quente!). Está bebendo suco de couve e já fez inúmeras variações. Confesso experimentei uma das receitas. O aspecto no início não é interessante, mas ela tem comentado que senão fosse a couve, o frescor da primavera não seria o mesmo. “Flores e couve são o máximo” disse.

sábado, 7 de setembro de 2013

Paquera

por Viviane Ilha

 “Tu entrou na minha mente” – com essa frase o homem falava ao celular bem no momento em que passei e ouvi a frase de um apaixonado na sedução. A expressão facial era de quem mesmo na rua não tinha vergonha de expor que estava afim daquela pessoa. Ele repetiu a frase ainda uma três vezes no período de alguns dos meus passos na calçada. Desconfio que a pessoa do outro lado da ligação fingiu não entender a declaração e perguntou várias vezes.  Como resistir a uma mente paqueradora.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

É fake?

por Viviane Ilha


Há tanta situação fake que daqui alguns anos vão ter a inversão total das coisas. Circula pelas redes sociais uma lista de alimentos falsificados. Como assim? Não são eles o que as embalagens anunciam? E as composições do alimento deviam dizer a verdade como nos contratos bancários? Na letra miúda, pão em que a farinha parece integral e na embalagem diz “Pão Integral” (em destaque), mas na verdade é o tal enriquecido com acido fólico. Já entrei numa padaria e perguntei é pão verdadeiro ou falso?

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Reencontro sagrado

por Lislair Leão Marques

Sempre fui ansiosa por este reencontro. Eu mais dois irmãos comemoramos em setembro nossos aniversários. Doces lembranças de uma infância feliz quando juntos celebrávamos, sempre, mais e mais anos de vida. Há quatorze anos quando viajávamos de diferentes lugares para mais um encontro, um trágico acidente aconteceu... Mudou destinos e caminhos... Um tempo, que não dominamos, é necessário para revelar as situações e segredos. Agora que estamos perto e bem experientes desfrutamos dessa mágica compreensão e finalmente podemos comemorar neste ano, mais uma vez, nossas vidas.

Cada pergunta...

por Viviane Ilha

Essa conversa é uma síntese de vezes que tive que responder a perguntas tolas.
- Tu fazes trabalho voluntário e recebe por mês?
- Eu recebo por dia em moeda de sorrisos. É que o voluntário realiza ações de livre e espontânea vontade. É oferecer a mão direita sem a esquerda cobrar.
- Não gosta de dinheiro?
- Ter dinheiro é necessário. Uma das ações em que faço cobertura jornalística voluntária é mostrar as pessoas buscando capacitação para melhorar de vida, gerar e ter uma renda.
 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Olhos caçadores


No banco da praça, na capital metropolitana, ela observava os caçadores. Eles vinham pela praça desfilando a nobreza de moradores de rua à caça de coisas para saciar a fome. A observadora via nos olhos dos farejadores uma busca precisa da própria sorte. O olhar deles chegava ao lixo, na lixeira e por fim na comida. Esfomeados, devoravam os restos deixados pelos visitantes. O banquete de Babette era a sorte dos olhos caçadores, lembrança impregnada nos olhos da mulher que via tudo do banco da praça.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Vou pra Porto Alegre, tchau!

por Lislair Leão Marques

Sempre que vou a Porto Alegre, lembro da música “Deu pra ti” de Kleiton e Kledir. Baila a questão da cultura, livros, diversão versus o que eu tenho onde eu moro: calmaria, qualidade de vida, marasmo... ou seja: dias intimistas e relaxantes. Podia estar na estimulante capital gaúcha, ou noutra capital qualquer, e tentar manter o que me há de tranquila. Podia, mas adoro minha cidade. Em todas as suas variações de temperaturas e humores. Deu pra ti, cosmopolitismo. Fico em Caçapava, tchau!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Perspectiva


Cotidiano é um lugar muito doido para se viver. Você acorda todos os dias e não tem ideia de como vai ser até o momento em que deitar na cama e pensar como passou aquele dia. Assim, às 24 horas é um instante diferente. Nada é igual. É só ter uma perspectiva nova ao abrir os olhos toda manhã. É como a palavra perspectiva que tem tantas possibilidades. Do dicionário (pers-pec-ti-va) três palavras são as mais atraentes: Esperança; Expectativa; Ponto de vista. Por isso, acorde no cotidiano.

Pressa

por Viviane Ilha


Ana Karina conheceu um jovem ansioso com velocidade para romper a barreira do som. Queria tudo rápido demais. Para quê provar aos outros seus valores antes dos vinte e cinco anos? Tão jovem. Horas de viagem e ficou perplexa. A juventude tem-se articulado para ser grande demais antes dos trinta. “Quero isso e tudo ao mesmo tempo. Sou bom, mas tenho humildade”. Palavras que ficaram martelando os pensamentos de Ana K. Tanto quanto pretencioso, ele tinha objetivos que consumiam aos poucos sua juventude. A pressa faz pressão.